Escrito por: Nubia Martins
Alguns estudantes foram retirados da escola algemados
Sobre a ocupação de estudantes secundaristas ocorrida no Centro de Ensino Médio Dona Filomena Moreira de Paula, na cidade Miracema do Tocantins realizada na última quarta-feira, 26, a Central Única dos Trabalhadores no Tocantins (CUT-TO) vem a público informar que não é de responsabilidade desta central a organização, nem tampouco a ocupação desta ou de outra unidade escolar, no entanto, ver como positiva a ação destes estudantes que bravamente lutam pela manutenção da qualidade da educação e repudia a ação do Promotor de Justiça de Miracema, Vilmar Ferreira de Oliveira, da 3ª Promotoria de Justiça de Miracema em intervir de forma precipitada prendendo, inclusive fazendo uso de algemas estes alunos que protestavam pacificamente.
A CUT informa que apoia a manifestação dos estudantes secundaristas em defesa da educação pública, contra a PEC 241 e contra a reforma no ensino médio. É livre o direito de manifestação dos estudantes e orgulha essa entidade saber que existem estudantes que tem consciência política e não se omitem de lutar contra o retrocesso que se instala no país.
Dentre todas as ocupações que acontecem nas escolas por todo o país, inclusive há registro de ocupações no Campus do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO) e do Campus da Universidade Federal do Tocantins (UFT), as duas em Palmas, ambas de forma ordeira, não houve nenhum relato de violência, qualquer que fosse. Chama a atenção o fato do promotor de justiça, Vilmar Ferreira imputar a ocupação com denuncias de cárcere privado ou de ameaças de morte, fato inusitado.
Os estudantes buscam através das ocupações chamar à atenção da sociedade pelo retrocesso que o atual e ilegítimo governo federal instala no Brasil, retirando orçamento da educação pública comprometendo ainda mais a qualidade da educação.
Sobre o fato de o promotor citar que foi visto pessoas utilizando coletes da CUT e de servidores da UFT adentrando a escola ocupada. A CUT esclarece que desconhece o uso dos coletes de forma aleatória e isolada. Os coletes da CUT são usados exclusivamente em manifestações conduzidas pela entidade, o que não é o caso. Não havia na cidade de Miracema do Tocantins no dia de ontem nenhum diretor da CUT, ou pessoas portando coletes de conhecimento desta central.
Palmas-TO, 27 de outubro de 2016 – Nubia Martins/Assessora de Comunicação da CUT/TO